sábado, 29 de janeiro de 2011

Caricatura de Ramalho Ortigão



 
"As literaturas são os registos condensados do pensamento público. Os grandes livros não se produzem senão quando as grandes ideias agitam o mundo, quando os povos praticam os grandes feitos, quando os poetas recebem da sociedade as grandes comoções."

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Caricatura de Miguel Torga




Desde tenra idade que aprendi a apreciar a obra de Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha.

 A sua obra os “ Bichos” era de leitura obrigatória no antigo sétimo ano unificado e era parte integrante dos conteúdos programáticos da disciplina de Língua Portuguesa.
 O que à partida se perfilava como mais uma actividade disciplinar, com o peso da obrigatoriedade, cedo se tornou um prazer, pois as personagens que evoluíam e emergiam daqueles contos magníficos eram-me familiares, encerravam em si as vivências ligadas à terra e à vida rural.


À semelhança do autor, também eu nasci e vivi parte da infância, numa aldeia “ granítica”, povoada por personagens, em quase tudo, iguais àquelas que emergiam dos contos. Era sem esforço que se fundiam com o meu próprio imaginário.

“A terra é o lugar concreto e natural do Homem. A terra surge, para o Poeta, como o ventre materno, o "chão duro que recebe o semente e que procria”. A tarefa humana deve orientar-se para esse sentido criador, genesíaco. Ao arar com a charrua ou ao lançar a semente que há-de germinar, o Homem executa um verdadeiro rito nupcial que não só estreita as suas relações com a terra, como a torna expressão do divino.”

" Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, nasceu em 1907 em S. Martinho de Anta, concelho de Sabrosa, Trás-os-Montes, e faleceu em 17 de Janeiro de 1995 em Coimbra. Emigrou para o Brasil ainda jovem e, quando regressou em 1925, matriculou-se na Universidade de Coimbra onde se formou em Medicina. Esteve de início literariamente próximo do grupo da Presença, sediado em Coimbra. Por volta de 1930, estava já afastado do grupo, fundando a revista Sinal. Funda pouco depois a revista Manisfesto. Começou a ser conhecido como poeta, tendo mais tarde ganho notoriedade com os seus contos ruralistas e os seus dezasseis volumes de Diário, estes publicados entre 1941-1995. Várias vezes nomeado para o Prémio Nobel da Literatura, tornou-se um dos mais conhecidos autores portugueses do século XX."

Caricatura de MiguelTorga - Etapas

domingo, 23 de janeiro de 2011

Caricatura do filósofo e escritor romeno, Emil Cioran



Emil Cioran (Raşinari, 8 de abril de 1911 — Paris, 20 de junho de 1995) foi um escritor e filósofo romeno radicado na França. Em 1949, ao publicar "précis de decomposition", passa a assinar E.M. Cioran, influenciado por E.M. Forster -esse "M" não tem nenhuma relação com outros nomes do filósofo (como Michel, Mihai, etc.)

Um dos melhores conhecedores da obra de Cioran é o filósofo espanhol Fernando Savater.

"Emil Cioran nasceu em Răşinari, Condado de Sibiu (na Transilvânia, parte do território Austro-Húngaro na época). Seu pai, Emilian Cioran era um padre Romeno Ortodoxo e a mãe, Elvira Cioran (sobrenome Comaniciu) era originária de Veneţia de Jos, um povoado próximo a Făgăraş. O pai de Elvira, Gheorghe Comaniciu, era tabelião e ganhou o título de barão pelas autoridades imperiais. Assim, pode-se dizer que Emil Cioran, em virtude da linhagem materna pertencia a uma pequena família de nobres na Transilvânia."

"Após estudar Ciências Humanas no colégio Gheorghe Lazăr em Sibiu, Cioran começou a estudar Pedagogia na Universidade de Bucareste aos 17 anos. Ao ingressar na Universidade, aproximou-se de Eugène Ionesco e Mircea Eliade, os três permaneceriam amigos por muitos anos. Fez amizade com os futuros filósofos romenos Constantin Noica e Petre Ţuţea durante o período em que receberam ensinamentos de Tudor Vianu e Nae Ionescu. Cioran, Eliade e Ţuţea tornaram-se adeptos das idéias de seu mestre Nae Ionescu – ou seja, uma corrente denominada Trăirism, baseada no Existencialismo." (...)
In Wikipédia.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Estendal (foto-montagem)

Estes ovos foram estrelados e comidos depois de fotografados, que a crise não permite desperdícios.
Os ordenados da Função Pública vêm aí mais magros e austeros.

João César- a vida consumida no fogo e nas cinzas de um cigarro

Este cineasta merece mais do que um ou dois "posts", por isso, aqui está o terceiro.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Caricatura de João César Monteiro



Considerado por muitos, o cineasta maldito, João César Monteiro era e é, pois a sua obra perdura, um dos meus cineastas portugueses favoritos.


“Recordações da casa amarela” e “A comédia de Deus” estão entre as longas-metragens da minha eleição. Ambos os filmes estão imbuídos de um humor e uma ironia de fino e subtil recorte.

A sua imagem de marca era o cigarro eternamente esquecido entre os dedos esfíngicos.

Por vezes, o cigarro auto consumia-se em cinza, cujo morrão desafiava as leis da física e permanecia até ao derradeiro encontro com o filtro, com a forma texturada do que fora antes um cigarro.

Quando o recordo, é essa a imagem que emerge: olhos esbugalhados, com um discurso aparentemente sereno e comedido, mesmo quando ofendia deliberadamente os jornalistas que o entrevistavam.



Recordo uma entrevista para a televisão. Quando questionado para a forte componente erótica do filme, “ A comédia de Deus” entre outras coisas disse:

-Ó minha senhora: nesta vida tudo é comestível! A senhora não sabe isso?

Enquanto falava, o tal cigarro permanecia intacto entre os dedos da mão estática, embora reduzido a cinza.
Não vi um dos seus derradeiros filmes, “ Branca de Neve”, mas parece que também ninguém viu.

“João César Monteiro Santos (Figueira da Foz, 2 de Fevereiro de 1939 — Lisboa, 3 de Fevereiro de 2003) foi um cineasta português. Integrou o grupo de jovens realizadores que se lançaram no movimento do Novo Cinema. Irreverente e imprevisível, fez-se notar como crítico mordaz de cinema nos anos sessenta.

Prossegue a tradição iniciada por Manoel de Oliveira (Acto da Primavera) ao introduzir no cinema português de ficção o conceito de antropologia visual — Veredas e Silvestre (filme) —, tradição amplamente explorada no documentário por outros cineastas portugueses como António Campos, António Reis, Ricardo Costa, Noémia Delgado ou, mais tarde e noutro registo, Pedro Costa.

Segue um percurso original que lhe facilita o reconhecimento internacional. Várias das suas obras são representadas e premiadas em festivais internacionais como o Festival de Cannes e o Festival de Veneza (Leão de Prata: Recordações da Casa Amarela).”
Biografia:

(…)“Pertence a uma família da burguesia rural, anticlerical e anti-salazarista. Aos quinze anos, para prosseguir os estudos liceais, transfere-se com a família para Lisboa, a "capital do Império", tendo estudado no Colégio Moderno, de onde seria expulso.

É dos poucos cineastas associados ao movimento do novo cinema que não prossegue estudos universitários. A propósito, o seu alter-ego, no filme Fragmentos de um Filme Esmola (1973), explica-se assim: «A escola é a retrete cultural do opressor».

Começa a trabalhar como assistente de realização de Perdigão Queiroga. Em 1963, graças a uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, vai para a Grã-Bretanha estudar na London School of Film Technique. De volta a Portugal, em 1965, inicia a rodagem do que viria a ser a sua primeira obra: Quem espera por sapatos de defunto morre descalço. O filme só será concluído cinco anos depois, como média-metragem.

A sua obra, polémica e dificilmente classificável, caracteriza-se pelo lirismo, em forma de filmes-poema. A sua veia satírica como realizador tem sido objecto de estudo para portugueses e estrangeiros, críticos e académicos. João César Monteiro, que tem sérios detractores, é conhecido como um dos mais importantes realizadores portugueses.”

Morreu de cancro em 2003.



Longas metragens:


Fragmentos de um Filme Esmola (A Sagrada Família - 1972)

Que Farei Eu com Esta Espada? (1975)

Veredas (1978)

Silvestre (1982)

À Flor do Mar (1986)

Recordações da Casa Amarela (1989)

O Último Mergulho (1992)

A Comédia de Deus (1995)

Le Bassin de John Wayne (1997)

As Bodas de Deus (1999)

Branca de Neve (2000)

Vai e Vem (2003)

Foi também produtor e realizador de muitas curtas- metragens.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Eça 2



"Poupe-se ao boi a vista ao malho."


"Se a tua dor te aflige, faz dela um poema."

"no fundo, nós somos todos fadistas: do que gostamos é de vinhaça e viola e bordoada, e viva lá sô compadre (acerca os portugueses)"

"Portugal é um país muito bonito, o problema é os Portugueses."

"Que mérito há em amar os que nos amam?"

"Ah nunca homem deste século batalhou mais esforçadamente contra a seca de viver."

"O riso é uma filosofia. Muitas vezes o riso é uma salvação. E em política constitucional, pelo menos, o riso é uma opinião."

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Caricatura de Eça de Queiroz



Frases de Eça de Queiroz sobre os políticos e a política do seu tempo:

" Os políticos e as fraldas
devem ser mudados frequentemente,
pela mesma razão."

" Este governo não cairá,
 porque não é um edifício.
Sairá com a benzina,
porque é uma nódoa."

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Experiência Pop Art





Exagerando a caricatura anterior, resolvi fazer uma experiência Arte Pop ou "Pop Art".

Ver outra publicações aqui :

http://www.personality.com.ro/caragiale_6.htm
http://www.personality.com.ro/vintila_corbul.htm
http://www.personality.com.ro/portugal.htm

Caricaturas dos escritores romenos Corbul Vintila e Caragiale




caricaturas dos escritores Corbul Vintila e Ion Luca Caragiale , este último (1 de fevereiro de 1852 — 9 de junho de 1912) foi um dramaturgo e escritor romeno.
 Começou sua carreira como escritor publicando a uma série de poemas na revista "Ghimpele".

 Tornou-se um dos líderes do movimento literário mais importante do seu tempo, Junimea, o qual lançou importantes nomes da literatura romena como Ion Creangă e Mihai Eminescu ( Já aqui caricaturado). As suas peças são caracterizadas pela construção clássica e observação perspicaz das realidades sociais do  seu tempo, aliadas a uma  subtil  ironia.

sábado, 8 de janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O nascimento de uma caricatura


Este é o processo que habitualmente utilizo na elaboração de uma caricatura: esboço inicial a lápis; marcador e posterior tratamento no  photoshop. Este programa apresenta um enorme potencial no tratamento da imagem.

 Partindo do desenho, pode chegar-se a valores, texturas e brilhos próximos da realidade fotográfica. O inverso também é verdadeiro: partindo da fotografia pode chegar-se a valores próximos do desenho e da pintura. Eu utilizo comummente o primeiro método, mas não me coíbo de utilizar pontualmente a fotografia, nomeadamente no tratamento de fundos e  detalhes, como o vestuário dos visados nas caricaturas.

Acresce que sou um autodidacta na utilização do photoshop, aprendi tudo através de muitas tentativas e, muitas vezes, tirando partido dos pequenos acidentes. Também se aprende errando.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Caricaturas de personalidades Romenas





Foi com grande satisfação que recebi por parte de Nicolae Ionita, da Associação de "cartoonistas" da Roménia, um convite para participar no evento que levaram a cabo naquele país, alusivo à seguinte temática:
Caricaturas de personalidades romenas de destaque.

Elaborei em menos de três dias, as caricaturas de Mihai Eminescu ( poeta romeno) e Michifor Crainic, escritor, filósofo, editor e teólogo, com a mesma nacionalidade.

O trabalho, ao que parece agradou e também pode ser visto nos seguintes endereços electrónicos:

http://www.personality.com.ro/eminescu_3.htm
http://www.personality.com.ro/nichifor_crainic.htm
http://www.personality.com.ro/portugal.htm



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sábado, 1 de janeiro de 2011

Uma aventura alentejana - trilogia do trocadilho e do choque de idiomas



Caricatura de M. Alegre- Primeiro "post" de 2011




Desejo à gente que por aqui passa,
Um Ano Novo feliz
Para que não vos tirem a massa,
Terão de mudar de país.

Mesmo na crise mais escura,
Em tempos de ingratidão,
Há sempre alguém que não descura
O grito de contestação.

(Adaptação muito livre de um poema conhecido)